terça-feira, 25 de setembro de 2012
Um Soneto Para Beethoven
Austero com aspecto sombrio
Foi assim que o Mundo alheio o percebeu.
Mas, veio Deus e de glorias o cobriu
por um talento nato que lhe ofereceu.
Beethoven tomado pelo dom curvou-se ao piano
escrevendo talentosas partituras, cifrando sons... cresceu...
Um dia, emudeceu-lhe o barulho que o rodeava insano
e ele com lágrimas de amarguras ensurdeceu.
Lá do alto uma luz se agiganta e com o alarde a terra canta;
pois, uma estrela em fase Si nasceu e em fase Dó suplanta...
Mas, o Gênio no ostracismo enclausura-se pela vida que viveu.
Correm as notas por um céu mágico, que e em raios
fazem estrondar no mundo as sonatas, sinfonias em pastoral...
Perpetuando sua música eternamente fenomenal!
Rose Arouck
Assim Nasceu A Sonata Ao Luar
Beethoven vivia um desses dias tristes, sem brilho e sem luz. Estava muito abatido pelo falecimento de um príncipe da Alemanha, que era como um pai para ele.
O jovem compositor sofria de grande carência afetiva. O pai era um alcoólatra contumaz e o agredia fisicamente. Faleceu na rua, por causa do alcoolismo.
Sua mãe morreu muito jovem. Seu irmão biológico nunca o ajudou em nada, e, além disso, cobrava-lhe aluguel da casa onde morava.
A tudo isto soma-se o fato de sua doença agravar-se. Sintomas de surdez começavam a perturbá-lo, ao ponto de deixá-lo nervoso e irritado.
Beethoven somente podia escutar usando uma espécie de trombone acústico no ouvido, o que seria para nós, hoje, um tipo de aparelho auditivo.
Ele carregava sempre consigo uma tábua ou um caderno, para que as pessoas escrevessem suas idéias e pudessem se comunicar. Mas elas não tinham paciência para isto, nem para que ele pudesse ler seus lábios.
Notando que ninguém o entendia nem o queria ajudar, Ludwig se retraiu e se isolou. Por isso conquistou a fama de misantropo.
Foi por todas essas razões que o compositor caiu em profunda depressão. Chegou a redigir um testamento dizendo que ia se suicidar.
Mas como nenhum filho de Deus está esquecido, vem a ajuda espiritual através de uma moça cega, que lhe interpela, quase gritando.
Ela morava na mesma pensão pobre, para onde Beethoven havia se mudado, e lhe confessa que daria tudo para enxergar uma noite de luar...
Ao ouvi-la Beethoven se emociona até as lágrimas...
Afinal, ele podia ver! Ele podia escrever sua arte nas pautas...
A vontade de viver volta-lhe renovada e ele compõe uma das músicas mais belas de todos os tempos.
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