sábado, 21 de novembro de 2009
terça-feira, 17 de novembro de 2009
domingo, 8 de novembro de 2009
sábado, 31 de outubro de 2009
* Existem especulações históricas sobre um provável encontro entre Beethoven e Wolfgang Amadeus Mozart, mas não existe nenhum fato histórico que possa comprovar esta hipótese. No entanto, existem histórias de seu encontro, como por exemplo, uma que refere um Mozart absorto no seu trabalho, na composição de Don Giovani, que não terá tido tempo de lhe prestar a devida atenção. Uma outra, bem mais interessante, relaciona, não só o seu encontro, como o seu envolvimento, ao qual se refere a seguinte frase:
"Não o percam de vista, um dia há-de dar que falar."
— Mozart, sobre Beethoven
Otto Maria Carpeaux, na sua obra Uma Nova História da Música, afirma que Ludwig assistiu à primeira apresentação pública da sua 9ª Sinfonia, ao lado de Umlauf, que a regeu - como ficou registrado por Schindler e mais tarde por Grove -, mas abstraído na leitura da partitura, não pôde perceber que estava sendo ovacionado até que Umlauf, tocando no seu braço, voltou a sua atenção à sala, e então Beethoven inclinou-se diante do público que o aplaudia.
Beethoven, durante toda sua vida, manteve a prática de escrever pequenas e vívidas peças para piano que ele chamou de "Kleinigkeiten", ou "Bagatelles". Costumava conservá-las numa pasta e, de tempos em tempos, (por exemplo, em 1803, e depois em 1823) revisava-as, e delas publicava uma seleção. Entretanto, em 1824, ele parece ter composto deliberadamente seis novas bagatelas, como um grupo ou conjunto, um "Ciclus von Kleinigkeiten".
Meu amado imortal
Ouço Beethoven: Sonata ao Luar...
A simples-complexa melodia, formada pelas intrincadas harmonias de Ludwig!
Combinação de notas que inunda com sonhos minha alma:
Minha alma!
Uma alma
para a qual
a música
é o elemento essencial;
o belo ,
o caminho a seguir;
o bem,
algo sempre a ser feito;
a amizade,
um sentimento
a ser preservado;
o amor – vivido profunda e
intensamente.
Beethoven faz-me lembrar
a dignidade do amor,
a profundidade da vida,
a amplidão da esperança.
Ele esperou
– Sem nada mais
ter a esperar ...
Ele amou
– e do amor fez beleza:
melodiosas frases musicais
que até hoje
alcançam minh'alma,
tocando-a
em sua realidade-primeira...
Ele sofreu
– e do sofrimento
fez nascer luz e alegria:
a Nona Sinfonia:
– um hino
à glória da vida!
O magistral Beethoven:
viveu, sofreu, amou
e, sempre, do sofrimento,
foram urdidas
em seu coração e seu cérebro,
tessituras de harmonias celestiais...
Da tristeza de sua realidade,
combinou notas,
formando compassos
de beleza complexa e indescritível,
como só os que sofrem,
só os que amam
e têm sua genialidade
o podem fazer...
Como Beethoven, ninguém:
...é o "Filósofo da Música"...
...é o "Titã dos Sons"...
Sua arte enraizou-se
totalmente em meu Ser ...
Sua alma... É minha alma...
Mirna Cavalcanti de Albuquerque
A simples-complexa melodia, formada pelas intrincadas harmonias de Ludwig!
Combinação de notas que inunda com sonhos minha alma:
Minha alma!
Uma alma
para a qual
a música
é o elemento essencial;
o belo ,
o caminho a seguir;
o bem,
algo sempre a ser feito;
a amizade,
um sentimento
a ser preservado;
o amor – vivido profunda e
intensamente.
Beethoven faz-me lembrar
a dignidade do amor,
a profundidade da vida,
a amplidão da esperança.
Ele esperou
– Sem nada mais
ter a esperar ...
Ele amou
– e do amor fez beleza:
melodiosas frases musicais
que até hoje
alcançam minh'alma,
tocando-a
em sua realidade-primeira...
Ele sofreu
– e do sofrimento
fez nascer luz e alegria:
a Nona Sinfonia:
– um hino
à glória da vida!
O magistral Beethoven:
viveu, sofreu, amou
e, sempre, do sofrimento,
foram urdidas
em seu coração e seu cérebro,
tessituras de harmonias celestiais...
Da tristeza de sua realidade,
combinou notas,
formando compassos
de beleza complexa e indescritível,
como só os que sofrem,
só os que amam
e têm sua genialidade
o podem fazer...
Como Beethoven, ninguém:
...é o "Filósofo da Música"...
...é o "Titã dos Sons"...
Sua arte enraizou-se
totalmente em meu Ser ...
Sua alma... É minha alma...
Mirna Cavalcanti de Albuquerque
Poemas e versos
"Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!"
— parte do verso da Ode à Alegria, de Friedrich Schiller, utilizado por Ludwig van Beethoven.
“A Música, é uma Revelação muito mais sublime do que toda a Sabedoria ou Filosofia. Ela é a única introdução incorpórea no mundo superior do Saber, esse mesmo mundo que rodeia o homem, cujo significado interior não se percebe por conceitos reais; a parte formal daquela é simplesmente o veículo necessário, que revela por meio de nossos sentidos a vida espiritual.”
Ludwig van Beethoven
Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.
— Ludwig van Beethoven, in Testamento de Heilingenstadt
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Ouvindo Beethoven
Venham leis e homens de balanças,
mandamentos d'aquém e d'além mundo.
Venham ordens, decretos e vinganças,
desça em nós o juízo até ao fundo.
Nos cruzamentos todos da cidade
a luz vermelha brilhe inquisidora,
risquem no chão os dentes da vaidade
e mandem que os lavemos a vassoura.
A quantas mãos existam peçam dedos
para sujar nas fichas dos arquivos.
Não respeitem mistérios nem segredos
que é natural os homens serem esquivos.
Ponham livros de ponto em toda a parte,
relógios a marcar a hora exacta.
Não aceitem nem queiram outra arte
que a prosa de registo, o verso acta.
Mas quando nos julgarem bem seguros,
cercados de bastões e fortalezas,
hão-de ruir em estrondo os altos muros
e chegará o dia das surpresas.
(José Saramago)
In "Os Poemas Possíveis", 1966
mandamentos d'aquém e d'além mundo.
Venham ordens, decretos e vinganças,
desça em nós o juízo até ao fundo.
Nos cruzamentos todos da cidade
a luz vermelha brilhe inquisidora,
risquem no chão os dentes da vaidade
e mandem que os lavemos a vassoura.
A quantas mãos existam peçam dedos
para sujar nas fichas dos arquivos.
Não respeitem mistérios nem segredos
que é natural os homens serem esquivos.
Ponham livros de ponto em toda a parte,
relógios a marcar a hora exacta.
Não aceitem nem queiram outra arte
que a prosa de registo, o verso acta.
Mas quando nos julgarem bem seguros,
cercados de bastões e fortalezas,
hão-de ruir em estrondo os altos muros
e chegará o dia das surpresas.
(José Saramago)
In "Os Poemas Possíveis", 1966
Beethoven
O texto é uma adaptação do poema de Friedrich Schiller, "Ode à Alegria", feita pelo próprio Ludwig van Beethoven.
"Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!"
parte do verso da Ode à Alegria, de Friedrich Schiller, utilizado por Ludwig van Beethoven.
Beethoven
Beethoven, Beethoven!
Surdo fostes.
Mas de música, composições deixastes,
Que nossos ouvidos, no tempo ouvem...
Tua música, tem alto som,
Que não chegou a teus ouvidos.
Mas com esse teu dom!
Céu e terra unidos...
No tempo, espaço e eternidade,
Tu, homem e anjos a Deus louvam...
Com plena liberdade...!
Essa música, afinal é d´ele.
Vem da sua eterna verdade...
Ele eternamente, reinará...
Está vindo, num cavalo branco. Sim! O de Apocalipse, aquele!
HELDER DUARTE
Surdo fostes.
Mas de música, composições deixastes,
Que nossos ouvidos, no tempo ouvem...
Tua música, tem alto som,
Que não chegou a teus ouvidos.
Mas com esse teu dom!
Céu e terra unidos...
No tempo, espaço e eternidade,
Tu, homem e anjos a Deus louvam...
Com plena liberdade...!
Essa música, afinal é d´ele.
Vem da sua eterna verdade...
Ele eternamente, reinará...
Está vindo, num cavalo branco. Sim! O de Apocalipse, aquele!
HELDER DUARTE
domingo, 14 de junho de 2009
Beethoven Surdo
Surdo, na universal indiferença, um dia,
Beethoven, levantando um desvairado apelo,
Sentiu a terra e o mar num mudo pesadelo...
E o seu mundo interior cantava e restrugia.
Torvo o gesto, perdido o olhar, hirto o cabelo,
Viu, sobre a orquestração que no seu crânio havia,
Os astros em torpor na imensidade fria,
O ar e os ventos sem voz, a natureza em gelo.
Era o nada, a eversão do caos no cataclismo,
A síncope do som no páramo profundo,
O silêncio, a algidez, o vácuo, o horror no abismo...
E Beethoven, no seu supremo desconforto,
Velho e pobre, caiu, como um deus moribundo,
Lançando a maldição sobre o universo morto!
Olavo Bilac
Beethoven, levantando um desvairado apelo,
Sentiu a terra e o mar num mudo pesadelo...
E o seu mundo interior cantava e restrugia.
Torvo o gesto, perdido o olhar, hirto o cabelo,
Viu, sobre a orquestração que no seu crânio havia,
Os astros em torpor na imensidade fria,
O ar e os ventos sem voz, a natureza em gelo.
Era o nada, a eversão do caos no cataclismo,
A síncope do som no páramo profundo,
O silêncio, a algidez, o vácuo, o horror no abismo...
E Beethoven, no seu supremo desconforto,
Velho e pobre, caiu, como um deus moribundo,
Lançando a maldição sobre o universo morto!
Olavo Bilac
Em 1825, já completamente surdo, Beethoven foi assistir a um ensaio fechado de um grupo que iria executar o seu Quarteto. Um dos violinistas, Joseph Böhm, registrou o episódio: “Ele estava tão surdo que não podia ouvir o som celestial das suas próprias composições”. Para espanto de todos, porém, Beethoven chamou a atenção do grupo para os menores erros de execução. “Seus olhos seguiam os arcos, e assim ele era capaz de notar as menores flutuações no tempo ou no ritmo, e corrigí-las na hora”, anotou Böhm.
Conta-se que um dia Beethoven foi visitar o irmão mais novo, Johann, que a essa altura era um homem rico. Na entrada da mansão, um criado ofereceu-lhe, numa salva de prata, um cartão de visitas onde estava escrito: “Johann van Beethoven, proprietário de terras”. O compositor pegou o cartão e, instantes depois, devolveu-o ao criado, após escrever no verso do papel a seguinte anotação: “Ludwig van Beethoven, proprietário de um cérebro”.
Toda vez que o jovem Beethoven estudava violino, uma pequena aranha descia de sua teia e parava em cima de uma mesa, onde ficava escutando Beethoven tocar. Beethoven se encantava com a presença do inseto, até que um dia, sua mãe ao ver a aranha se assustou e esmagou-a. O jovem Bethoven ficou tão desolado, que parou de tocar violino.
O jovem Beethoven aprendeu vários instrumentos como o violino, a viola, o órgão e o piano. Se por um lado sua formação musical era esmerada, por outro lado, no colégio, Beethoven foi um aluno mediano, fato decorrente da resolução de Johann tornar seu filho outro Mozart. As falhas de aprendizado podem ser atestadas por suas cartas, que continham inúmeros erros ortográficos. Este problema foi minimizado com a ajuda de amigos e também porque Beethoven se tornou autodidata, conseguindo na idade adulta, adquirir uma cultura razoável. Nesta tarefa foi ajudado por Neefe, que se encarregou pela formação cultural do jovem e iniciou-o no conhecimento dos escritores clássicos e dos poetas modernos, desenvolvendo-lhe o gosto pela boa leitura.
Beethoven
Imagine uma cidade da Alemanha do século XVIII. Imagine uma família de músicos que sobrevivia com dificuldades. Imagine um pai alcoólatra que obriga seu filho a estudar música em detrimento de outros estudos. Imagine o Classicismo imperando em todas as artes. Neste contexto nasce Ludwig Van Beethoven, aquele que é considerado um dos maiores compositores da história e o marco da transição entre o Classicismo e o Romantismo. Não se sabe com exatidão a data de nascimento de Beethoven, mas várias referências citam 16 ou 17 de dezembro do ano de 1770, na cidade de Bonn, na Alemanha, filho de Johann van Beethoven e Maria Madalena Keverich. Do casamento de seus pais nasceram sete filhos, chegando apenas três à idade adulta: Ludwig, Kaspar e Nicolas Johann.
Assinar:
Postagens (Atom)